Alerta Epidemiológica

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) publicou alerta epidemiológico para quem for viajar ou atender pacientes que venham de Belo Horizonte (BH). A motivação é o surto de condição grave, ainda sem diagnóstico, iniciado na capital mineira durante as festas de fim de ano: 9 casos foram notificados entre 29/12/2019 a 09/01/2020, um dos casos foi descartado.

O primeiro caso foi registrado em 30 de dezembro de 2019, no Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS Minas) informando sobre um paciente que apresentava insuficiência renal aguda com alterações neurológicas e estava internado em um hospital privado de BH. No dia 31/12, foi notificado um segundo caso, com os mesmos sintomas, de um paciente internado em um hospital de Juiz de Fora. Até o último dia 06/01, 6 casos suspeitos haviam sido notificados, com início de sintomas mais precoce datado de 19 de dezembro de 2019. São pacientes do sexo masculino, com idade entre 23 e 76 anos, 5 residem em Belo Horizonte, 1 em Ubá e 1 em Nova Lima; 6 deles internados em hospitais da região metropolitana de Belo Horizonte e 1 em Juiz de Fora, paciente este que faleceu na noite do último dia 07/01.

A média de dias entre o início dos primeiros sintomas e a internação foi de 2,5 dias. Todos com insuficiência renal aguda de rápida evolução (até 72 horas) e alterações neurológicas centrais e periféricas. Exames laboratoriais estão sendo realizados na Fundação Ezequiel Dias (FUNED) e ainda não há resultados conclusivos.

Na tarde de ontem (08/01) o SES-MG recebeu mais duas notificações da doença, ambos os pacientes são do sexo masculino e com idades de 56 e 64 anos. 

As investigações seguem seu curso, realizadas pela força tarefa composta por técnicos da SES-MG e CIEVS Minas, da Secretaria Municipal de Saúde de BH (CIEVS BH) e do Ministério da Saúde (EpiSUS Avançado). O grupo se reuniu ontem (08/01), para alinhamento das informações e dados colhidos, além de definição dos trabalhos nos próximos dias. Os casos parecem estar ligados ao bairro Buritis, na capital mineira, uma vez que todos os pacientes têm passagem pelo local.

Desde que foi notificada, a Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte acompanha e monitora os casos e investiga os aspectos clínicos, epidemiológicos e sanitários que envolvem a ocorrência. Essa investigação abrange, inclusive, ação dos fiscais sanitários na coleta de alimentos e demais produtos, para análise laboratorial, além de vistorias nos locais de aquisição desses produtos.

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) informa que trabalha no levantamento de informações para verificar se o fato tem indícios de crime. As investigações estão em andamento, com a realização de entrevistas, comunicação com outras instituições públicas, entre outras providências pertinentes, primando por procedimentos científicos que permitam analisar se existe nexo entre os eventos e/ou vítimas. Até o momento, amostras de bebidas foram encaminhadas ao Instituto de Criminalística e estão sendo examinadas. Esclarece, ainda, que somente será instaurado inquérito policial se houver indicativos de ação criminosa.

A SES-MG informa que devem ser imediatamente notificados (em até 24 horas) ao CIEVS BH (casos de Belo Horizonte) e CIEVS Minas (casos do restante do estado), pelo telefone e por e-mail, os casos ocorridos a partir de primeiro de dezembro de 2019 que iniciaram com sintomas gastrointestinais (náusea e/ou vômito e/ ou dor abdominal) associados à insuficiência renal aguda grave de evolução rápida (até 72 horas) seguida de uma ou mais alterações neurológicas: paralisia facial, borramento visual, amaurose, alteração de sensório e paralisia descendente.

Fonte: SES-MG 

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